terça-feira, 19 de junho de 2012

Rio+20: Especialistas discutem a importância da Cultura como o quarto pilar para a sustentabilidade


Rio de Janeiro – O ministro-interino da Cultura, Vitor Ortiz, abriu hoje (19) pela manhã, no Galpão da Cidadania, o Seminário Internacional sobre Cultura e Sustentabilidade, realizado em parceira com a Cidade e Governos Locais Unidos – CGLU (em inglês UCLG).
O objetivo foi discutir a importância da Cultura para o desenvolvimento sustentável a partir de uma visão que contemple a economia criativa, as diversidades étnicas, sociais e religiosas, as particularidades locais e o direito de expressão cultural.
Também participaram da mesa de abertura o presidente da CGLU e prefeito da cidade de Istambul(Turquia), Kadir Topbas; o subdiretor geral de planificação da Unesco, Hans d’Orville; e o secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Emilio Kalil.
Para a ONU (Organização das Nações Unidas), o desenvolvimento sustentável reúne três eixos principais: o Social, o Econômico e o Ambiental. Especialistas, dirigentes de organismos internacionais, gestores culturais e artistas querem a inclusão de um quarto eixo, o Cultural, partindo da compreensão de que essa nova economia só será possível com uma mudança na forma como as pessoas entendem a sua relação com o planeta.
“Além dos pilares existentes, a cultura também é essencial para a sustentabilidade, mas ainda não conseguimos o consenso suficiente para tê-la no mesmo padrão que estão os outros pilares”, disse Ortiz, citando a Declaração de São Paulo, documento firmado em abril de 2012 entre os países membros do Mercosul, além da Bolívia, Chile, Equador e Peru, e que aponta nessa direção. Leia a Declaração.
O presidente da CGLU disse que não há como entender cultura e sustentabilidade de forma dissociada. “Desenvolvimento sustentável e cultura são elementos absolutamente interconectados”, citando o exemplo de Istambul como cidade em que o elemento cultural é decisivo para a formulação de qualquer política. “É uma cidade 8 mil e 500 anos de história, precisamos ver as cidades como espaços culturais”.
Hans d’Orville enfatizou que “a Unesco defende uma abordagem integrada dos aspectos culturais. Devemos progredir, colocando a cultura no centro do paradigma”.
O debate prosseguiu com novas formações, que incluíram o ministro da Cultura do Paraguai, Tício Escobar; o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida e o presidente da Associação Sueca de Autoridades Locais, Anders Knape, além de especialistas internacionais.
Na plateia também estavam os secretários de Políticas Culturais do MinC, Sergio Mamberti, e de Articulação Institucional, Roberto Peixe, e o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim. A discussão prosseguiu à tarde com novos debatedores.
(Extraído do site do MinC)

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