terça-feira, 12 de junho de 2012

UFPA apresenta minifestival de cinema sobre a ditadura militar

Entre os dias 25 e 28 de junho, a Universidade Federal do Pará (UFPA), em parceria com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e o Instituto Cultura em Movimento (ICEM), participa do Projeto Cinema pela Verdade, que exibe filmes sobre o período da Ditadura Militar no Brasil. A UFPA será uma das 81 universidades brasileiras que promovem o evento em 2012.
Na ocasião, serão exibidos os documentários Cidadão Boilsen (2009), Condor (2007) e Hércules 56 (2006), sempre no Auditório do hall da Reitoria, às 16h, com entrada franca. Logo após cada sessão, professores, pesquisadores e comunidade em geral participarão de debates sobre o tema.
Convidados – A jornalista Lorenna Montenegro (Diário do Pará), o estudante Vitor Rodrigues e o professor de Direito da UFPA Luiz Otávio Pereira estarão presentes para o bate-papo do primeiro dia. Na opinião de Luiz Otávio, essa é uma grande oportunidade de revisitar a memória recente do Brasil. “A verdade e a memória não podem ser apagadas, sejam tristes ou felizes. Esse foi um momento histórico em diferentes aspectos, e é válida a reflexão”, complementa.
O cineasta Marco Antonio Moreira, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA); Jaime Cuéllar, da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), e a professora Edilza Fontes também estarão entre os convidados do evento.
Extensão – A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) apoia o Projeto Cinema pela Verdade. Para o pró-reitor de Extensão, professor Fernando Arthur Neves, a iniciativa coletiva de debates sobre diversos temas é ótima, mas ainda é necessária uma outra percepção. “Vários institutos da UFPA têm grupos de estudo e discussão, porém isso não pode ficar restrito. É necessária uma maior sinergia entre esses grupos e a sociedade, para que a reflexão seja significativa,  em um patamar mais geral”.
1964-1985 – A Ditadura Militar no Brasil, ao longo de seus 21 anos, trouxe mudanças de reflexão sobre a sociedade brasileira. “O modelo de repressão armada já existia antes desse período, mas se afirmou como ferramenta de controle do Estado durante ele”, analisa o pró-reitor. “Hoje, ainda vemos muitas mortes no campo, que são apenas outro meio de perpetuar essa repressão das classes mais altas contra seus opositores”, diz o professor, citando este como um dos resquícios mais importantes dos anos da ditadura.
Segundo a estudante de Cinema e uma das 27 mobilizadoras locais do Cinema pela Verdade, Suanny Lopes, o cinema serve como mediador das relações entre passado e presente. “É importante que haja essa discussão e as pessoas conheçam e pensem sobre a ditadura e seus processos, para que isso não volte a acontecer.”
Na opinião do pró-reitor, que viveu o período da ditadura na UFPA, deve haver uma volta à memória, para mostrar aos mais jovens a importância desse momento histórico. “Para mim, a ditadura significou muito, mas, para as últimas gerações, não há quase relações com o cotidiano. A visão sobre essa fase se assemelha a um filme, distante da realidade dos brasileiros. O país precisa conhecer a sua história.”
Serviço:
Projeto Cinema pela Verdade
Data: 25, 26, 27 e 28 de junho de 2012
Local: Auditório do hall da Reitoria (Campus Básico da UFPA, bairro Guamá)
Hora: 16h
Entrada franca. Será emitido certificado de participação.
Texto: Gustavo Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA

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