No caso de Zenaldo, é até plausível esses temores porque Duciomar responde a dezenas de processos por imrpobidade administrativa, no entanto, chegar de cara e afirmar peremptoriamente que a cultura está fora das prioridades significa um desrespeito à classe artística paraense, que teve um 2012 de conquistas históricas, assim como as melhores expectativas para 2013.Agora, vem o prefeito eleito e diz que "a cultura vai esperar."
Isto significa que o Sistema Municipal de Cultura não é prioridade? Que o Fundo Municipal de Cultura, criado através de lei aprovada na Câmara Municipal de Belém, que destina 0,5% das receitas correntes líquidas de Belém serão realocadas em outra rubrica porque a "cultura vai esperar"? Significa, ainda, que a dotação orçamentária para a área da cultura, também aprovada na citada lei também "vai esperar"?
Além do acintoso desrespeito à cultura da terra, não faz nenhum sentido do ponto de vista orçamentário essa projeção de realocações. Primeiro, porque as obras de saneamento mais importantes ora em andamento na cidade fazem parte do PAC e têm recursos pactuados com orgãos federais;segundo, assim como no caso do saneamento, a saúde também é parte de gestão tripartite com recursos oriundos da União, Estado e Município e, como bem frisou o ministro Alexandre Padilha, esses recursos não são escassos, mas recorrentemente mal aplicados; e, finalmente, no caso da segurança, mais especificamente o custeio da Guarda Municipal, ainda hoje essa despesa está abrigada na dotação destinada ao Gabinete do Prefeito, a terceira maior dotação orçamentária do município, logo, sem motivos de queixas por falta de recursos.
Conclusão mais lógica: cresceu o olho do prefeito em cima da conquista do setor cultural, recorrendo ao método usual para barrá-la, qual seja, a retórica sensacionalista da urgência, urgentíssima em áreas mais "prioritárias". E assim se consuma o desrespeito. Com a palavra o Forum Municipal de Cultura.
(Extraído do Blog do Vereador Marquinho do PT)
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